Ainda tentando organizar as ideias e assimilar o que está acontecendo, decidi compartilhar minhas impressões sobre essa situação tão complexa que estamos vivendo.

De ontem pra hoje, tivemos instituições de ensino com aulas suspensas, perdemos o acesso aos cinemas, teatros e shows… Que difícil precisar lidar com a limitação do direito de ir e vir. 2020 havia começado bem no Rio e esse momento, pós carnaval, é super importante para a cidade – há muitos eventos programados, espetáculos em temporada, estabelecimentos recém inaugurados. Meu coração está partido por pensar no impacto no trabalho de tanta gente, na enorme rede que faz acontecer e só ganha quando trabalha, sem salário garantido em casos de cancelamentos. Do artista ao ambulante, todos ficam de mãos atadas frente à situação tão grave que estamos vivendo (e aí também me incluo).

O fato de ser uma pandemia em tempos de redes sociais deixa tudo mais complexo, já que temos a possibilidade de acompanhar o alastramento do vírus quase em tempo real e isso contribui para que o pânico tome conta. Mas acho que ao invés de “panicar”, podemos tentar refletir e entender quais aprendizados vêm com o Corona… Acredito que o maior deles seja pensar no coletivo! O convidado que volta das férias nos EUA e vai para uma festa de 500 pessoas e o casal que cumpre quarentena em seu apartamento mantendo a empregada trabalhando nos mostram que colocar o indivíduo acima do coletivo pode ter, às vezes, consequências irreparáveis. É possível que eles não tenham percebido a dimensão de tudo isso, já que até bem pouco tempo atrás não havia problema algum em voltar de viagem na véspera de um casamento e uma gripe do patrão não gerava obrigação moral de dispensar os empregados.

Só que as características desse novo vírus nos trazem um enorme alerta: o índice de letalidade é baixo, então um percentual pequeno dos que contraírem morrerão, porém, o contágio é fácil e rápido, assim, muitos podem ser infectados. Isso significa que aquele percentual pequeno pode se transformar num número absoluto tão grande que não existam leitos suficientes para quem precisa ficar internado no hospital em função do Covid-19 com complicações (até porque as outras doenças também continuam acontecendo). Então não adianta pensar que você não faz parte do grupo de risco, e sim que você pode vir a ser condutor da doença!

Vamos aguentar firme e torcer para que as medidas rápidas aqui no Rio consigam conter esse vírus, que em breve nossas vidas voltem ao normal e que a gente não precise passar pelo que está acontecendo em outros lugares do mundo. Se cuide, respeite limites e tente aproveitar esse tempo de restrições de forma positiva.

Alguns links que achei interessantes e me ajudaram a refletir sobre o Coronavírus:

  • Relato de uma brasileira que mora na Itália e fala sobre o aprendizado em relação ao coletivo – link aqui
  • Vídeo com 10 boas notícias sobre o Corona, ideal para afastar o pânico – link aqui
  • A situação dos EUA, onde a lei trabalhista não garante licença médica e não há saúde pública – link aqui
  • Uma explicação sobre porque o SUS é sinônimo de bem-estar coletivo e toda a população brasileira usa sim o sistema – link aqui
  • Há esperança em meio ao caos! Na Itália, pessoas em quarentena cantam juntos, cada um de sua janela (com vídeos) – link aqui

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