“É a pista de corrida mais bonita que existe” – isso é o que costumo pensar a cada oportunidade de correr na orla do Rio de Janeiro. E olha que não são poucas vezes que tenho o privilégio de treinar vendo essa cidade linda… Mas a beleza é tanta, que não consigo me acostumar! E acho que a endorfina liberada durante a corrida torna ainda mais intensa a sensação de encantamento com as paisagens do Rio. Imagine, então, estar numa prova de corrida de rua vivenciando as sensações da corrida e admirando esse visual! Assim é a Maratona do Rio, a maior prova da América Latina, que nesse ano chegou à marca de 38 mil inscritos.
É difícil descrever o sentimento que toma conta da gente numa prova dessas. De fato, é um turbilhão de emoções. Alegria, satisfação, dor, orgulho, superação, sofrimento – tudo vai se misturando… Ao cruzar a linha de chegada, parece que corpo e mente são preenchidos por uma sensação incrível, aquela sensação de “eu consegui, eu fiz isso”! Porque corrida é o esporte no qual cada um compete consigo mesmo. E essa competição não ocorre só no dia da prova, mas também em cada dia de treino, cada dia que um pequeno objetivo é atingido e um novo é traçado.
Talvez aí esteja a grande mágica da corrida: é um esporte que qualquer pessoa pode praticar, basta ter um bom par de tênis e vontade de correr. Mas, para fazer uma prova dessas, é preciso se dedicar. É preciso ter disciplina para treinar, assim como é necessário entender seus próprios limites. E isso não é tarefa fácil… Já ouvi de muitos amigos (que não correm) que todo esse esforço é loucura, rs. Só que, quando chega o dia da prova, cada um tem a oportunidade de se sentir como um atleta, talvez mais do que isso – acho que a gente se sente meio super-herói, vendo que tem a capacidade de realizar algo sensacional!
É o momento de se emocionar recebendo o incentivo de um desconhecido (que pode estar correndo ao nosso lado ou só observando a corrida), de superar o desconforto, de vibrar ao pegar a medalha… E então celebrar a conquista pessoal e perceber que tudo valeu a pena! Sim, essa sensação inexplicável faz absolutamente tudo valer a pena. Corrida é um esporte realmente viciante… Pra mim, é o momento de relaxar, pensar na vida, redimensionar os problemas – tudo fica mais fácil depois de uma descarga de endorfina! É quase uma terapia.
Na Maratona do Rio 2018, tive o prazer de representar os corredores de 21km (contei mais sobre isso aqui), distância que completei pela oitava vez. Foi uma prova diferente e muito especial pra mim, já que participei da cobertura oficial da Maratona do Rio. Por isso, gravei alguns vídeos contando sobre a prova enquanto corria.
Essa foi primeira vez que a Maratona do Rio aconteceu em dois dias seguidos. A meia maratona (21km) foi no sábado e a maratona (42km) e Family Run (6km e 10km), no domingo. Também rolou o Desafio Cidade Maravilhosa, modalidade na qual o corredor deveria fazer 21km no sábado + 42km no domingo. Já que participar desse desafio seria inviável pra mim, mas eu queria aproveitar ao máximo a prova, optei por fazer 21km no sábado e 6km no domingo.
No primeiro dia, São Pedro mandou um céu azul e temperatura amena para os corredores, nos presenteando com cenas de tirar o fôlego… A primeira delas foi o amanhecer logo antes da largada, na Praia do Pepê. Vale dizer que a largada às 6h30 exige que a gente acorde de madrugada (meu despertador tocou às 3h30), mas oferece o conforto de não enfrentar calor no percurso. O tempo médio para completar uma meia maratona é 2 horas, ou seja, grande parte dos corredores terminou por volta de 8h30. Assim, acaba sendo o horário ideal!
Já no domingo, um céu carregado de nuvens acompanhou os corredores da maratona e da Family Run. A previsão de chuva não se confirmou, o que garantiu que todos pudessem concluir seus trajetos sob o céu nublado. Para quem corre 42km (em média, 4 horas), o melhor é que o sol não apareça mesmo… Assim, pode-se dizer que até o clima da Maratona do Rio foi perfeito.
A Family Run é a parte mais descontraída da prova e tem o objetivo de incentivar pessoas a participarem. Como as distâncias são mais curtas, muitos fazem pela primeira vez, caminham em alguns trechos, e até crianças, carrinhos de bebê e cachorros são vistos na prova. E eu aproveitei para influenciar duas pessoas próximas a escolherem a Family Run como sua primeira prova, foi incrível ver a felicidade deles ao cruzar a linha de chegada… Se ficarem viciados em corrida, eu assumo parte da culpa, rs.
Antes de ir pra casa com minhas duas medalhas (de 21km no sábado e 6km no domingo), ainda fiquei algum tempo observando a chegada dos 42km. Taí mais uma coisa indescritível! Tanto pra quem corre como pra quem não corre, assistir à chegada de uma maratona é uma experiência emocionante demais… Correr 42km é muito desafiador e ver a expressão de quem acabou de fazer isso é realmente fantástico. Um dia estarei cruzando essa linha de chegada e poderei dizer que sou maratonista!
Por enquanto, vou seguir com meus treinos na pista de corrida mais bonita que existe e me preparar para a próxima meia maratona. As lembranças da Maratona do Rio 2018, que aconteceu nos dias 02 e 03 de junho, ficarão sempre guardadas comigo…
Leia também esse texto, onde conto como comecei a correr e como me senti ao ser convidada para representar os corredores de 21km na Maratona do Rio 2018!
– Post escrito pela autora do blog Juliana Goulart.
*A foto de Thiago Diz (fotógrafo oficial da Maratona do Rio) não foi feita no dia da prova, e sim para a divulgação das camisetas – saiba mais aqui. A foto principal do post foi comprada no site Foco Radical.
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5 comentários
Nossa, pude sentir sua emoção no texto. Um dia ainda faço os 21km. Cruzar a linha de chegada dos 21km vai ser algo incrível pra mim
Fico feliz que sentiu isso! Tentei mesmo transmitir um pouco da emoção da corrida… Se vc tem vontade, tem que completar uma meia maratona, realmente é algo muito maravilhoso! 😉
Texto lindo, dá até uma vontade de correr…
Que bom que gostou e ficou inspirada para correr! Quem sabe vc não faz uma prova dessas em breve? Corrida é um esporte para todos! 🙂