Presente em nossas vidas nos mais diversos momentos, o aço é tema da exposição que celebra a entrada da Ternium como mantenedora do Museu de Arte Moderna do Rio. A mostra, que  reúne pela primeira vez obras de três grandes nomes da escultura brasileira: Amilcar de Castro, Franz Weissmann e Waltercio Caldas, chegou ao MAM em novembro de 2019 e fica até o início de fevereiro de 2020.

Tão integrado ao nosso dia-a-dia que talvez nem percebamos sua presença, o aço é um material extremamente versátil, tendo entre suas características os três termos que compõem o nome da exposição – força, precisão e leveza. É imprescindível para a fabricação dos mais diversos itens, desde utensílios domésticos até carros e aviões. E é também matéria prima para obras de arte!

Antes de visitar a mostra “Força, precisão e leveza” no MAM, confesso que imaginava que esculturas de aço seriam enormes e pesadas. Isso não é exatamente um engano, já que a resistência faz deste o material ideal para obras de grande porte e que podem ser expostas na rua. Inclusive, um dos escultores da exposição, Franz Weissmann (1911-2005), detém o título de artista com maior número de obras em espaços públicos do Brasil! Mas o aço também pode transmitir fluidez, como é marca de Amilcar de Castro (1920-2002), que consegue produzir em suas esculturas uma espécie de ilusão de ótica. Já Waltercio Caldas (único dos artistas ainda vivo) dá tom delicado e até poético ao aço, combinando-o a outros elementos.

O aspecto multifuncional do aço fica bem perceptível a quem visita a exposição. Ter a oportunidade de ver juntas as obras desses três artistas, que são igualmente grandiosos, mas utilizam técnicas distintas e chegam a resultados visualmente bem diferentes, é muito interessante. É um convite à reflexão sobre esse material que faz parte da nossa rotina em tantos momentos. Afinal, o aço certamente está na sua vida, mas você sabe algo acerca de sua produção?

Na exposição “Força, precisão e leveza”, pude conversar com Paulo Ataídes, da Ternium, e entender um pouco da realidade de uma siderúrgica. Produzido sempre em quantidades enormes (cada placa pesa cerca de 25 toneladas!), o aço vem do minério, que é levado ao forno junto com carvão vegetal. Com temperatura similar à de lava de vulcão, cerca de 1.500 graus, o carvão derrete o minério, que então é refinado para que suas impurezas sejam retiradas. Depois são acrescentadas as ligas metálicas, que vão definir as características do aço de acordo com seu uso final. Titânio, nióbio, níquel e manganês são exemplos de metais utilizados como ligas, cada um tornando o aço próprio para dar origem a produtos de atributos diferentes.

A Ternium é siderúrgica líder na América Latina e tem uma usina no Rio, no bairro de Santa Cruz, onde a capacidade de produção anual é nada menos que 5 milhões de toneladas de aço! Além de prezar pela segurança e respeito ao meio ambiente, a empresa se preocupa com a sustentabilidade no seu entorno – dos cerca de 8.000 funcionários, a maior parte é de moradores da região. Incentivo à cultura e esporte também fazem parte do conceito da marca, que desde 2019 é mantenedora do Museu de Arte Moderna do Rio e costuma promover provas de corrida de rua em Santa Cruz. Muito bacana ter uma empresa assim na nossa cidade!

Não deixe de conferir a exposição “Força, precisão e leveza”, que mostra o aço como estrela principal na criação artística – só até dia 02/02/2020! Uma visita ao MAM é excelente programa para fazer com amigos e família, o prédio tem belíssima arquitetura modernista e seus jardins, projetados por Burle Max, contam com o visual da Baía da Guanabara. Clique aqui para ler a matéria sobre o Museu de Arte Moderna do Rio.