Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro é uma das instituições culturais mais importantes do país. Peça fundamental em diversos movimentos artísticos nas últimas décadas, o museu fica em edifício projetado especialmente para dialogar com a abundante beleza natural que o contorna. Além de oferecer exposições com valor acessível, o MAM é um excelente espaço de convivência com visual deslumbrante. A mais nova mostra do museu, “Força, precisão e leveza”, reúne obras de três ícones da escultura brasileira, unidos pelo uso do aço como matéria prima.

Do lado de fora, os traços horizontais do MAM chamam atenção e impactam pelo seu contraste com a vista da Baía da Guanabara. O prédio, projetado pelo arquiteto carioca Affonso Eduardo Reidy e inaugurado em 1958, conta com um grande vão que revela a área verde junto ao museu. É nos jardins do MAM, assinados por Burle Max, que a beleza natural do Rio de Janeiro convive com obras ao ar livre, convidando a população a usufruir de cultura e lazer!

Como mantenedora desse espaço extraordinário na nossa cidade, está a Ternium, que é a siderúrgica líder na América Latina e produz aço com alta tecnologia e respeito ao meio ambiente. Para celebrar a parceria entre a Ternium e o MAM, que teve início nos primeiros meses de 2019, o museu recebe uma exposição de esculturas brasileiras feitas de aço. “Força, precisão e leveza – Aço e criação artística” reúne pela primeira vez obras de três grandes nomes da arte brasileira: Amilcar de Castro, Franz Weissmann e Waltercio Caldas.

Com o intuito de ressaltar a transformação como algo inerente à vida e instigar a reflexão sobre a versatilidade de um material tão bruto como o aço, a mostra tem curadoria de Franklin Espath Pedroso. Através do trabalho de consagrados artistas que utilizam aço como matéria prima elementar, aplicando diferentes técnicas e chegando a resultados completamente diversos, é possível experienciar no segundo andar do MAM os três substantivos abstratos que dão nome à exposição – força, precisão, leveza.

Segundo a jornalista especializada em artes visuais Domi Valansi, que me acompanhou na visita ao MAM, “a mostra pode ser considerada uma aula de escultura brasileira, já que é um encontro histórico de artistas grandiosos”. Além de ser muito interessante ver de perto essas obras, o fato de elas estarem num espaço com cerca de 1.800m² e janelões com vista para os jardins, onde há outras obras de arte feitas de aço, torna a visita ainda mais fascinante!

É de Waltercio Caldas, o único dos três artistas ainda vivo, a obra que mais me marcou. Waltercio acredita que uma obra de arte não deve ser explicada, pois cada pessoa deve interpretá-la de acordo com suas próprias vivências. Porém, ele traz palavras para seus trabalhos. Na mostra “Força, precisão e leveza” há uma instalação onde o visitante se vê rodeado de palavras que se repetem em aço muito bem polido. A narrativa poética e precisa, que é característica do artista, fica evidente.

Já Amilcar de Castro (1920-2002) apresenta densas placas de aço dobradas como se fossem um material facilmente maleável, assim transmitindo a  sensação de fluidez. Espaços vazios são importantes em suas obras, como se pode perceber na enorme peça disposta na área externa do MAM, que parece recortar a paisagem (essa obra faz parte da coleção do museu) e pode ser vista também do segundo andar, onde está a mostra.

Franz Weissmann (1911-2005) valoriza cores vibrantes e é conhecido por usar solda de forma imperceptível ao unir placas de aço que dão origem a formas variadas, que podem ser grandes ou pequenas. Weissmann, além de ter tido papel muito significativo no plano construtivo brasileiro, é o artista com maior número de obras em espaços públicos do Brasil.

A exposição “Força, precisão e leveza – Aço e criação artística” fica no MAM até 02/02/2020. Atualmente, há mais duas mostras no museu: “Carlos Vergara – Prospectiva” (até 12/01/2020) apresenta duas décadas do trabalho do aclamado artista. Usando a técnica monotipia para criar imagens que chama de memórias de espaços, Vergara ousa ao escolher um tamanho bastante amplo para seus quadros; “Favelagrafia 2.0” (até 08/12/2019) traz ao museu o trabalho de nove fotógrafos moradores de nove favelas cariocas. O projeto procura dar visibilidade às potências artísticas em comunidades e ficou muito conhecido por uma foto tão impactante quanto bela tirada em 2016.

Além dessa multiplicidade cultural na parte de dentro do museu, seu entorno é um ponto democrático, que oferece lazer para pessoas de qualquer idade. Nos finais de semana, a área externa do MAM é o lugar escolhido para prática de esportes como capoeira, patins, skate. É comum ver cias de danças urbanas ensaiando, há aulas de dança de salão, de perna de pau, de instrumentos de percussão. O lugar respira arte em meio à natureza! Com o visual do Cristo e Pão de Açúcar emoldurado por palmeiras, também é possível aproveitar os jardins para relaxar, ler, fazer um piquenique… Enfim, o MAM é um tesouro carioca e está à disposição de todos!

O Museu de Arte Moderna do Rio abre para visitação de terça a sexta das 12h às 18h e aos sábados, domingos e feriados das 11h às 18h. O ingresso custa R$ 14 inteira e R$ 7 meia, sendo que toda quarta-feira é gratuito e aos domingos o ingresso família custa R$ 14 e vale para até 5 pessoas. O acesso à área externa é sempre gratuito. O MAM fica na Avenida Infante Dom Henrique, 85, no Parque do Flamengo. Mais informações no site oficial do MAM.

*A publicação desse post foi paga pela Ternium, mantenedora do MAM. 

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