É impressionante tudo que está por trás de um belo desfile na Sapucaí! A campeã do Grupo Especial, Unidos do Viradouro, tem fatos muito interessantes nos seus bastidores. Confira aqui algumas curiosidades da escola de samba de Niterói:

  • Esse foi o segundo título da Viradouro, o primeiro foi em 1997. Depois de alguns anos na Série A, a Viradouro voltou para o Grupo Especial em 2019, quando ficou em segundo lugar. Em função do sorteio, a escola foi a segunda a desfilar no domingo, primeiro dia do Grupo Especial. Nunca uma escola nessa posição havia sido campeã!
  • Em 2020, a escola de Niterói contou com apoio de R$ 2,5 milhões da prefeitura. Segundo o prefeito Rodrigo Neves, esse investimento gera empregos e movimenta a economia, além de o Carnaval ser uma festa que fortalece a identidade do povo, já que se trata de cultura popular. Não apenas a Viradouro, mas as outras escolas de Niterói também receberam verba pública: as que desfilam na Rua da Conceição, Centro de Niterói, ficaram com R$ 2,5 milhões. As que fazem parte do Grupo de Acesso, Acadêmicos do Cubango e Acadêmicos do Sossego, receberam respectivamente R$ 1,8 milhão e R$ 1 milhão. Leia mais aqui.
  • A Viradouro teve como enredo as Ganhadeiras de Itapuã, que se trata de um grupo musical formado por mulheres, criado em 2004, em Salvador, inspirado em mulheres negras que faziam pequenos serviços no século XIX no bairro de Itapuã. Chamadas de “escravas de ganho”, elas tinham permissão para trabalhar fora da casa de seus donos – entre suas principais atividades estava a lavagem de roupas, bastante abordada no samba-enredo da Viradouro. Apenas uma pequena parte do dinheiro ganho por essas mulheres ficava com elas, mas mesmo assim conseguiam se organizar para comprar suas alforrias e de pessoas próximas. Por isso, são consideradas precursoras do feminismo.
  • Para compor o enredo, foi utilizada a tese de doutorado em música da professora professora da Universidade Federal da Paraíba Harue Tanaka, escrita entre 2008 e 2012. O trabalho entitulado “Articulações pedagógicas no coro das Ganhadeiras de Itapuã: um estudo de caso etnográfico” chegou até a escola através do produtor do grupo Ganhadeiras de Itapuã. E a professora foi convidada para desfilar na Viradouro! Ela disse que se emocionou ao ver que de fato muito da sua pesquisa estava na avenida. Leia mais aqui.
  • A comissão de frente da Viradouro trouxe a atleta de nado sincronizado Anna Giulia Veloso representando uma sereia, como um símbolo do empoderamento feminino. Com 20 anos de idade, ela faz parte da seleção brasileira de nado artístico e pratica o esporte há 12 anos. Para encher a piscina, a Viradouro comprou 7 mil litros de água mineral, pois nos testes com a água da CEDAE não havia a visibilidade necessária para que o público acompanhasse os movimentos da sereia. Leia mais aqui e aqui.
  • O título da Viradouro foi o primeiro do casal de carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon, casados há quatro anos e pela primeira vez trabalhando juntos. Eles substituíram Paulo Barrros, que levou o vice-campeonato em 2019. Leia mais aqui.
  • O samba-enredo da Viradouro, que já virou hit com seu refrão “Ensaboa, mãe”, tem uma história curiosa: seu compositor, Claudio Russo, não é músico profissional, ele é historiador e funcionário público. Porém, compõe há 30 anos, emplacou cerca de 100 sambas em carnavais de várias cidades e já foi campeão seis vezes! Leia mais aqui.

  • Post escrito pela autora do blog Juliana Goulart.

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