Com a mesma equipe formada desde 2013, a Lúdico Produções, premiada pela trilogia de musicais “Sambinha”, “Bossa Novinha” e “Forró Miudinho”, apresenta seu novo projeto. O primeiro conjunto de espetáculos abordou três gêneros musicais brasileiros. Agora, são homenageados compositores da música brasileira: Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Nelson Cavaquinho. Abrindo os trabalhos, “O Choro de Pixinguinha” chega ao Oi Futuro Flamengo. Só podia ser coisa boa!

Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, que com certeza você já ouviu muito falar, se estivesse vivo, teria hoje 121 anos. Pixinguinha…por que um apelido tão peculiar? Pesquisar esse assunto é um dos nortes que as colegas de sala, Marilú e Bianca, terão que buscar para apresentar o genial compositor num trabalho de escola. Alunas aplicadas, elas não se contentam apenas com cartazes ou redações. Afinal, um grande talento precisa de uma apresentação grandiosa. Fazendo teatro dentro de teatro, elas convidam três amigos para encenar a vida e a obra deste que foi um menino prodígio da música erudita brasileira!

No casarão da família em Catumbi, na ladeira que leva a Santa Teresa, o menino Pixinga teve uma infância cercada de música. Seu pai era músico amador nas horas vagas e saraus eram frequentes em sua casa. Pizindin (sim, mais um apelido!) foi uma criança fora do comum. Aos 12 anos, tocava cavaquinho, aos 13, passou ao bombardino e à flauta, que mais tarde trocaria pelo saxofone. Aos 17 anos gravou suas primeiras instrumentações, e aos 18, as primeiras composições. Como disse o diretor da peça, Sergio Módena, sua música “é sofisticada e popular, brasileira e universal”. Pixinguinha é marcado por simplicidade e isso o faz especial.

Compositor, instrumentista, arranjador e maestro. Podemos dizer que Pixinguinha é o pai da música brasileira porque ele criou o que hoje são as bases da nossa música popular. Misturou a música dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo legitimamente brasileiro!

Esse carioca brilhante foi a inspiração do primeiro musical que as atrizes e dramaturgas de “O Choro de Pixinguinha”, Ana Velloso e Vera Novello produziram juntas há 25 anos. No aniversário de sua produtora, a Lúdico Produções, a dupla traz aos palcos uma nova montagem em homenagem ao artista. As autoras também atuam na peça junto com Patrícia Costa, Édio Nunes e Milton Filho.

Acho maravilhoso espetáculos assim, que agradam adultos e crianças, que somam e ainda fortalecem nossa cultura. Uma hora de aprendizado desfrutando de música boa! Dividindo o palco com os atores, que são uma graça, a banda, que toca ao vivo, é formada por Felipe Pedro Santos (cavaquinho), André Rente (violão), Ricardo Rente (Sax), Jeferson Silva (Flauta) e André Vercelino (Percussão). Deu saudade de um tempo que não vivi e com um bocado de inocência, vendo aquela história ser contada através do olhar infantil. Os cinco amigos conseguem terminar o trabalho sobre o músico e a apresentação fica muito divertida.

Homenagem ao autor de tanta música bonita dentro de nossa história, “O Choro de Pixinguinha” retrata sua vida e obra com esmero, beleza, afeto e simplicidade. E para coroar a façanha, música de qualidade em tempo real,  compondo uma peça completa. Figurino e cenário de Marcelo Marques e iluminação de Aurélio de Simoni são delicados como sua música e suas composições. Um conjunto de acertos!

Você vai conhecer o autor de músicas muito conhecidas, como “Rosa” e “Carinhoso”, nesse momento tão rico de estar ali no teatro… Aliás, tudo que acontece no Oi Futuro é de qualidade. Em “O Choro de Pixinguinha”, o chorinho, gênero ao qual o mestre dedicou grande parte de sua vasta produção, tem destaque. Pixinguinha faleceu aos 75 anos em pleno Carnaval quando a Banda de Ipanema saía pela primeira vez, não é incrível?! É, esse choro faz bailar.

Os próximos espetáculos da série são “O Piano da Chiquinha” e “Viva Nelson Cavaquinho” e certamente aparecerão aqui no Vida Carioca! “O Choro de Pixinguinha” está em cartaz até 04/11/18, sábados e domingos às 16h, no Teatro Oi Futuro Flamengo (Rua Dois de Dezembro, 63 – 21 3131-3060). Ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Saiba mais no facebook de “O Choro de Pinxinguinha”.

Crédito das fotos: Claudia Ribeiro

*A experiência contada nesse post foi uma cortesia do espetáculo.

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