Com 989 metros de altitude, o Bico do Papagaio é o segundo ponto mais alto da Floresta da Tijuca, perdendo apenas para o Pico da Tijuca, que tem 1.022 metros. O Bico do Papagaio se caracteriza por ter um paredão de 25 metros que é ideal para a prática de rapel – inclusive para iniciantes. A trilha para chegar lá em cima é de nível médio, apresentando trechos de escalaminhada. E o visual do rapel é de tirar o fôlego, ver a floresta da Tijuca de cima é indescritível!

Às 8h da manhã, o portão da Floresta da Tijuca abre e os visitantes podem entrar para explorar o enorme complexo, que é uma das maiores florestas urbanas do mundo. Lá dentro, há cachoeiras e algumas trilhas com diferentes níveis de dificuldade, todas com boa sinalização. É possível entrar na Floresta da Tijuca e percorrer um trecho de carro até o ponto inicial das trilhas – isso é o ideal, caso contrário a caminhada aumenta muito.

Saindo desse ponto de partida das trilhas, são mais ou menos 30 minutos de caminhada tranquila e pouco íngreme, mas que exige certo fôlego. Logo depois começa a parte mais difícil, com trechos de escalaminhada – ou seja, escalada nível 1, na qual é possível e seguro trilhar com ajuda das mãos, se apoiando em pedras e galhos no percurso. Não é preciso experiência e realmente não há perigo.

Porém, é muito importante estar acompanhado de guias que conhecem como a palma da mão o local! Já fiz essa aventura duas vezes com o pessoal do Paraíso Radical (sendo que a primeira vez foi minha primeira experiência em rapel da vida!) e recomendo demais a equipe. Com eles não tem ruim, é garantia de adrenalina com segurança e tranquilidade. A equipe comandada pelo guia Moisés é formada por guias experientes, solícitos e que transmitem tamanha calma que contagia… Eles passam a certeza de que nada de errado pode acontecer, e assim é em todas as aventuras que já realizei com o Paraíso Radical!

Já pratiquei rapel em vários pontos do Rio de Janeiro com eles e também fiz a trilha mais difícil da cidade, a Pedra da Gávea. Confio muito no trabalho da equipe e recomendo bastante, até para quem tem medo de altura – como eu, rs! Quando cheguei ao Rio, em 2014, eu não imaginava me aventurar em algo como rapel. Conheci o Moisés, que com toda sua tranquilidade me convenceu que seria possível, e lá fui eu. Até hoje, não sou a pessoa mais corajosa do mundo, mas consigo fazer rapel sem medo e inclusive incentivo muita gente a fazer!

Já levei muitos amigos para praticar rapel pela primeira vez com a galera do Paraíso Radical. É importante reforçar que rapel é uma aventura completamente segura, já que a pessoa é equipada com a cadeirinha, onde ficam presas as cordas de segurança, mais capacete e luvas. A técnica do rapel é muito simples, sendo explicada em poucos minutos. Não é preciso experiência prévia. Além disso, pessoas de qualquer peso podem praticar e o condicionamento físico é mais necessário para a trilha do que para o rapel em si.

O platô do Bico do Papagaio não é muito grande e possui uma visão panorâmica bastante privilegiada. Há duas rochas, uma onde o grupo curte o visual e espera pela sua vez de fazer o rapel, e outra onde acontece o rapel, que comporta poucas pessoas de cada vez. Com aproximadamente 25 metros, o paredão oferece a possibilidade de rapel positivo, o que significa que há apoio para os pés durante todo o tempo.

Olhar para lado durante a descida significa enxergar uma fantástica silhueta de montanhas e uma vegetação abundante – é indescritível, mas se precisasse resumir a sensação em palavras acho que seriam plenitude e gratidão. É realmente algo muito especial e o medo dá lugar à satisfação enorme por viver esse momento!

Depois do rapel, há mais um trecho que exige escalaminhada e passagem perto de um penhasco. Nessa hora, os guias também acompanham. E então é só descer a trilha para retornar ao ponto inicial. Se você quiser, também pode aproveitar para conhecer o entorno do Bico do Papagaio, onde existem alguns mirantes e lugares perfeitos para fotografar.

O tempo total da aventura depende do tamanho do grupo, já que cada pessoa desce o rapel de uma vez e cada um tem seu ritmo. Em geral, é preciso ao menos um turno inteiro. Começando às 8h, você deve sair em torno de 12h ou 13h. Há guias acompanhando todas as etapas da aventura e eles também organizam os trechos de carro. Para saber mais sobre essa e outras opções de rapel, é só acompanhar o  facebook e instagram do Paraíso Radical.

Leia também a matéria sobre a trilha da Pedra da Gávea.

*As fotos do rapel são tiradas pela equipe do Paraíso Radical e estão inclusas no valor da aventura, que varia entre R$ 60 e R$ 100.

• Post escrito pela autora do blog Juliana Goulart.

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