Um dos momentos mais inacreditáveis da minha vida carioca foi quando conheci a Alcione! A Marrom é uma grande ídola pra mim, eu cresci escutando os discos dela. Não poderia imaginar que um dia teria oportunidade de conhecer e até conversar com uma das maiores artistas do Brasil!
Esse encontro tão especial aconteceu num estúdio, onde Alcione recebeu alguns convidados. Poucas pessoas (sortudas!) puderam vê-la cantar bem de perto… Eu me posicionei bem na frente dela e confesso que fiquei o tempo todo com a sensação de estar realizando um sonho que parecia impossível. Foram algumas músicas naquela voz fantástica, logo ali, a uns dois metros de distância!
Uma memória muito forte da minha infância é acordar e já ter as músicas da Marrom a todo volume na minha casa (sou gaúcha, nasci e cresci em Porto Alegre e moro há três anos no Rio). E esse, eu acredito, é um dos grandes motivos que me fazem ser apaixonada por samba hoje em dia! Quem diria que minha vida daria tantas voltas e um dia chegaria a oportunidade de estar junto da cantora que eu via nas capas dos LPs dos meus pais quando era criança… Foi, realmente, emocionante demais!!!
Logo depois de nos presentear com músicas como “Loba”, “Pode Esperar” e “Qualquer Dia Desses”, ela nos contou um pouco sobre sua vida num bate-papo bem descontraído, quando pudemos fazer algumas perguntas. Questionada sobre empoderamento feminino, Alcione disse: “ouvi falar na palavra ‘empoderamento’ há poucos anos, mas sempre fui empoderada”. É isso mesmo, ela não apenas se consagrou uma das maiores artistas brasileiras, como sempre se posicionou como uma mulher forte! Decidida, intensa, alegre, de bem com a vida – acho que essas são algumas das características que ficaram evidentes.
Alcione também contou que foi educada para ir atrás do que quer. Seu pai dizia para tentar conquistar qualquer coisa que ela sonhasse! Nascida no Maranhão, a cantora tem um orgulho enorme de sua terra e carrega os valores de sua família. Outro marca registrada da Marrom é a vaidade. Suas unhas e cabelos fazem o maior sucesso, sempre ganhando destaque em capas de discos e shows. Ela brincou dizendo que “o cabelo tem umas 16 cores e as unhas não sabem o que é um esmalte nude”, rs!
Citando como referências musicais Ângela Maria e Dalva de Oliveira, Alcione disse que costuma escutar Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira. E quer fazer show com Frejat e gravar uma música com Anita! Aos 70 anos, a Marrom está a todo vapor. Dona de uma energia impressionante, ela faz shows pelo Brasil inteiro e também no exterior. A grande novidade de Alcione é o projeto “Eu sou a Marrom”. Trata-se de uma comemoração pelos 70 anos de idade e 45 de carreira, que vai contar com show especial, documentário, biografia, gravação de CD e DVD com os principais hits da carreira e até um canal no Youtube!
Em fevereiro de 2018, inicia uma web série sobre a vida da Marrom, mas o canal oficial já está no ar com alguns vídeos. Tem até vídeo desse encontro – no qual eu apareço! Quanta honra!!! O show “Eu sou a Marrom” acontece pela primeira vez no Rio de Janeiro no dia 16/12, com uma convidada mega especial: Maria Bethânia. Elas são grandes amigas, se consideram até irmãs. Imagine as duas juntas no palco?! Para ficar ainda melhor, tem participação da bateria da Mangueira. O show acontece na Ribalta (Avenida das Américas, 9650 – Barra da Tijuca) e ingressos podem ser comprados aqui.
Para terminar o post, um vídeo da música “Loba”, que eu mesma gravei nesse dia. Assista para entender um pouco da emoção de ver a Marrom de perto!
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